segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Dois de Novembro de 2009...




Hoje é um dia estranho! Lembrar das pessoas que eu havia perdido, não me era tão doloroso, mas de um ano pra cá, tudo mudou muito! Aos dois de Novembro de 2.008 eu me pegava tristemente pensando do tempo que me "vangloriava" de ter duas avós e um avô, vivos! Era bom demais pra ser verdade... poder curtí-los e os verem curtir os netos, e então bisnetos. De repente me vi sem dois deles. Num único mês! E eles eram imensamente presentes em minha vida! Minha avó me ajudou muito com os meninos e os amava como jamais havia imaginado que pudesse. Meu avô, conservo seu semblante alegre, seus olhos ainda mais azuis de felicidade quando chegávamos lá, quando fazíamos o nosso "som", ele ali no tamborim feliz, feliz. Foi uma data estranha, foi vazio! Poxa, eles não existem mais! Foi assim que pensei naquele dia... lá em 2.008, como se quisesse convencer a mim mesma que aquela sensação esquisita e vazia era real! O que dizer então desse dois de Novembro de 2009! Ao acordar, demorei a me levantar. Enrolando na cama cheguei a pensar que poderia acordar e ver que estava apenas sonhando, ou melhor tendo um pesadelo do que estava acontecendo... mas não, e num súbito eu exclamei num susurro... "Minha vida, meus mortos, meus caminhos tortos." Se ora eu lamentava a falta dos meus avós agora lamentava a ida tão precoce também de meu pai. Só hoje eu entendi... melhor, eu senti uma imensa vontade de ir até o cemitério, ajoelhar-me a frente de seu jazigo e deixar rolar as últimas lágrimas que insistem em chegar. Falar ao vento o quanto eles me fazem falta! Eu sei que tenho que aceitar, eu confio em Deus, confio nos seu planos, acho que só por ele minha vida segue! Mas sou humana, sou pecadora, perder é uma palavra pesada, é difícil aceitá-la. As vezes questiono sua ida tão breve! Se havia uma pessoa que eu enxergava imortal essa era meu pai. Talvez por sua serenidade, sua paciência, sua fé na vida, sua esperança no futuro, seu otimismo inigualável! A verdade é que eu não me preparei. Aliás, ninguém se prepara. E eu acreditei fielmente que ele não nos deixaria. E foi assim que o vi nos deixar... silenciosamente, sem avisar, sem que pudéssemos acreditar, sem que pudéssemos sentir, sem que pudéssemos nos despedir... Não questiono a Deus, procuro aceitar, mas não consigo entender. Mas tenho fé suficiente pra saber e acalentar meu coração de que Deus prepara o melhor para nós. Embora não entenda e não se tenha hoje tal explicação, sei que ele estará sempre reservando o melhor pra nós nessa vida!
"E eu... gostava tanto de você, gostava tanto de você..."
"Não, não vá embora... vou morrer de saudades..."
Sim, hoje eu me sinto assim "morrendo" de saudades!

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