quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Faz tempo que não apareço, não é... A princípio escrever aqui me era um bálsamo para alma, mas confesso que de repente me vi perdida com algo nas mãos que queria me livrar. Acessar esse espaço me trazia de volta uma dor, seguida de tristeza absoluta, embora sentisse vontade de falar disso. Era inexplicável, pois ao mesmo tempo que eu queria escrever eu não encontrava nada a não ser um certo sofrer para escrever. O momento era delicado, e é ainda, então optei por seguir as vontades do coração. Tentei fugi do que me amarrava a essa tristeza... e descobri que é inerente a mim, a qualquer ser humano que se preze. Eu precisava sentir, eu precisava viver isso tudo, eu precisava chorar sem ter vergonha, eu precisava gritar como se precisasse falar ao mundo o que sentia. Eu precisava encarar e viver tudo o que se apresentava pra mim a cada dia que se levantava, a cada aurora esperar o que o dia tinha me preparado e vivê-lo, com a intensidade de um animal feroz e voraz... Foi assim que transitei pelos vales mais tristes e encontrei os campos mais belos. Percebi que em meu ser não havia espaços para ser uma pessoa triste e depremida, por maior que fosse a saudade, por maior que fosse a falta, sentia minh'alma feliz, porque eu sou assim, porque ele me ensinou a ser assim, porque me lembrar do meu pai é ter a certeza que o tempo que tive ao lado dele foi o máximo vivido, foi cheio de amor, de cumplicidade, de alegrias, de lições de vida! Pai, eu voltei, e prometo que angústia e aquele gosto amargo da perda não deixarei mais entrar em meu coração. Você me ensinou a ser feliz, e eu agradeço pelo que me deste nesta vida!


Foi ouvindo uma música da "musa" dele, a Simone, que me lembrei da sua alegria de viver e tive vontade de vir aqui escrever!


Um comentário:

  1. Le querida qto tempo estava com saudades de suas palavras que bom aber que está bem, fique com Deus paz saúde sempre bjos...

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