Hoje é um dia estranho! Lembrar das pessoas que eu havia perdido, não me era tão doloroso, mas de um ano pra cá, tudo mudou muito! Aos dois de Novembro de 2.008 eu me pegava tristemente pensando do tempo que me "vangloriava" de ter duas avós e um avô, vivos! Era bom demais pra ser verdade... poder curtí-los e os verem curtir os netos, e então bisnetos. De repente me vi sem dois deles. Num único mês! E eles eram imensamente presentes em minha vida! Minha avó me ajudou muito com os meninos e os amava como jamais havia imaginado que pudesse. Meu avô, conservo seu semblante alegre, seus olhos ainda mais azuis de felicidade quando chegávamos lá, quando fazíamos o nosso "som", ele ali no tamborim feliz, feliz. Foi uma data estranha, foi vazio! Poxa, eles não existem mais! Foi assim que pensei naquele dia... lá em 2.008, como se quisesse convencer a mim mesma que aquela sensação esquisita e vazia era real! O que dizer então desse dois de Novembro de 2009! Ao acordar, demorei a me levantar. Enrolando na cama cheguei a pensar que poderia acordar e ver que estava apenas sonhando, ou melhor tendo um pesadelo do que estava acontecendo... mas não, e num súbito eu exclamei num susurro... "Minha vida, meus mortos, meus caminhos tortos." Se ora eu lamentava a falta dos meus avós agora lamentava a ida tão precoce também de meu pai. Só hoje eu entendi... melhor, eu senti uma imensa vontade de ir até o cemitério, ajoelhar-me a frente de seu jazigo e deixar rolar as últimas lágrimas que insistem em chegar. Falar ao vento o quanto eles me fazem falta! Eu sei que tenho que aceitar, eu confio em Deus, confio nos seu planos, acho que só por ele minha vida segue! Mas sou humana, sou pecadora, perder é uma palavra pesada, é difícil aceitá-la. As vezes questiono sua ida tão breve! Se havia uma pessoa que eu enxergava imortal essa era meu pai. Talvez por sua serenidade, sua paciência, sua fé na vida, sua esperança no futuro, seu otimismo inigualável! A verdade é que eu não me preparei. Aliás, ninguém se prepara. E eu acreditei fielmente que ele não nos deixaria. E foi assim que o vi nos deixar... silenciosamente, sem avisar, sem que pudéssemos acreditar, sem que pudéssemos sentir, sem que pudéssemos nos despedir... Não questiono a Deus, procuro aceitar, mas não consigo entender. Mas tenho fé suficiente pra saber e acalentar meu coração de que Deus prepara o melhor para nós. Embora não entenda e não se tenha hoje tal explicação, sei que ele estará sempre reservando o melhor pra nós nessa vida!
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Dois de Novembro de 2009...
Hoje é um dia estranho! Lembrar das pessoas que eu havia perdido, não me era tão doloroso, mas de um ano pra cá, tudo mudou muito! Aos dois de Novembro de 2.008 eu me pegava tristemente pensando do tempo que me "vangloriava" de ter duas avós e um avô, vivos! Era bom demais pra ser verdade... poder curtí-los e os verem curtir os netos, e então bisnetos. De repente me vi sem dois deles. Num único mês! E eles eram imensamente presentes em minha vida! Minha avó me ajudou muito com os meninos e os amava como jamais havia imaginado que pudesse. Meu avô, conservo seu semblante alegre, seus olhos ainda mais azuis de felicidade quando chegávamos lá, quando fazíamos o nosso "som", ele ali no tamborim feliz, feliz. Foi uma data estranha, foi vazio! Poxa, eles não existem mais! Foi assim que pensei naquele dia... lá em 2.008, como se quisesse convencer a mim mesma que aquela sensação esquisita e vazia era real! O que dizer então desse dois de Novembro de 2009! Ao acordar, demorei a me levantar. Enrolando na cama cheguei a pensar que poderia acordar e ver que estava apenas sonhando, ou melhor tendo um pesadelo do que estava acontecendo... mas não, e num súbito eu exclamei num susurro... "Minha vida, meus mortos, meus caminhos tortos." Se ora eu lamentava a falta dos meus avós agora lamentava a ida tão precoce também de meu pai. Só hoje eu entendi... melhor, eu senti uma imensa vontade de ir até o cemitério, ajoelhar-me a frente de seu jazigo e deixar rolar as últimas lágrimas que insistem em chegar. Falar ao vento o quanto eles me fazem falta! Eu sei que tenho que aceitar, eu confio em Deus, confio nos seu planos, acho que só por ele minha vida segue! Mas sou humana, sou pecadora, perder é uma palavra pesada, é difícil aceitá-la. As vezes questiono sua ida tão breve! Se havia uma pessoa que eu enxergava imortal essa era meu pai. Talvez por sua serenidade, sua paciência, sua fé na vida, sua esperança no futuro, seu otimismo inigualável! A verdade é que eu não me preparei. Aliás, ninguém se prepara. E eu acreditei fielmente que ele não nos deixaria. E foi assim que o vi nos deixar... silenciosamente, sem avisar, sem que pudéssemos acreditar, sem que pudéssemos sentir, sem que pudéssemos nos despedir... Não questiono a Deus, procuro aceitar, mas não consigo entender. Mas tenho fé suficiente pra saber e acalentar meu coração de que Deus prepara o melhor para nós. Embora não entenda e não se tenha hoje tal explicação, sei que ele estará sempre reservando o melhor pra nós nessa vida!
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
sábado, 8 de agosto de 2009
A música dele
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Avô com A maiúsculo
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Um vazio...
sábado, 18 de julho de 2009
Uma verdade...
"É tão estranho
Os bons morrem jovens
Assim parece ser
Quando me lembro de você
Que acabou indo embora
Cedo demais
Quando eu lhe dizia
Me apaixono todo dia
É sempre a pessoa errada
Você sorriu e disse
Eu gosto de você também
Só que você foi embora...
Cedo demais!
Eu continuo aqui
Meu trabalho e meus amigos
E me lembro de você
Em dias assim
Dia de chuva
Dia de sol
E o que sinto não sei dizer...
Vai com os anjos
Vai em paz
Era assim todo dia de tarde
A descoberta da amizade
Até a próxima vez...
É tão estranho
Os bons morrem antes
Me lembro de você
E de tanta gente que se foi
Cedo demais!
E cedo demais...
Eu aprendi a ter
Tudo o que sempre quis
Só não aprendi a perder
E eu que tive um começo feliz...
Do resto não sei dizer
Lembro das tardes que passamos juntos
Não é sempre mais eu sei
Que você está bem agora
Só que neste mundo
O verão acabou.
Cedo demais!"
Legião Urbana